Cara, esse filme é demais! Imagina um mundo onde o tempo da sua vida é a moeda, num futuro onde o tempo substituiu o dinheiro, os ricos vivem pra sempre, enquanto os pobres lutam todo dia pra ganhar mais um pouquinho de tempo. No filme o ator principal luta contra a morte porque ganhou tempo extra de um doador misterioso, que está sendo perseguido. Depois ele passa a ser perseguido por ter adquirido mais tempo de forma irregular, mais de um século!
Com essa quantidade de tempo, ele se vê numa nova realidade. Ele começa a desafiar as regras dessa sociedade, onde ter tanto tempo é raro e perigoso. Conforme ele explora esse novo mundo, surgem confrontos e reviravoltas, testando sua coragem e força de vontade. Mas, à medida que descobre o que realmente significa viver eternamente, ele começa a se perguntar se essa vida eterna é tão legal assim. A luta por justiça, significado e liberdade se intensifica, revelando que o tempo, apesar de ser uma moeda valiosa, pode ser uma maldição."O Preço do Amanhã" é perfeito pra gente dar uma olhada pelas lentes dos sociólogos clássicos como Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber. O filme aborda desigualdade, opressão e estrutura social, e essas temáticas podem ser analisadas sobre a lupa desses teóricos.
Mas primeiro veja o trailer do filme:
No filme, o tempo é uma metáfora pro capital. Os ricos acumulam tempo e vivem pra sempre, enquanto os pobres trabalham duro pra sobreviver. Isso reflete a crítica de Marx ao capitalismo, onde a burguesia (classe dominante) acumula riqueza à custa do proletariado (classe trabalhadora). Os trabalhadores, tipo o Will, estão alienados do produto de seu trabalho e da sociedade. Eles vivem lutando pela sobrevivência, sem controle sobre seu tempo, que é controlado pelos ricos. A luta do Will e da Sylvia pra redistribuir o tempo e derrubar o sistema opressor é como a revolução proletária de Marx, onde os trabalhadores se levantam contra os capitalistas pra criar uma sociedade mais justa.
A sociedade do filme é cheia de anomia, falta de normas e valores comuns. A desigualdade extrema cria uma sociedade disfuncional sem coesão social. Durkheim achava que a divisão do trabalho devia promover solidariedade social. No filme, a divisão é tão desigual que em vez de unir, causa fragmentação e conflito. O suicídio do cara rico que doa seu tempo pro Will é um exemplo da desconexão moral. Ele tá tão alienado e sem propósito que escolhe acabar com a própria vida, mostrando o impacto negativo da desigualdade extrema na moralidade e coesão social.
A sociedade do filme é super racionalizada, com um sistema burocrático rigoroso que controla o tempo de cada um. Weber falou sobre como a racionalização pode aprisionar as pessoas num sistema impessoal e opressor. A dominação legítima, ou autoridade, é evidente no controle que a elite exerce sobre o tempo. Eles têm o poder, enquanto os outros são subjugados. Isso lembra a autoridade tradicional e racional-legal de Weber. A vida eterna dos ricos não leva à felicidade. Pelo contrário, há um desencantamento com a vida, um tema central nas obras de Weber sobre como a racionalização e a modernidade podem levar à perda de sentido e propósito.
"O Preço do Amanhã" é um retrato distópico onde as ideias desses clássicos da sociologia se entrelaçam, mostrando a luta de classes e a necessidade de revolução pra superar a opressão capitalista, demonstra a anomia e a falta de solidariedade resultante de uma divisão do trabalho super desigual, e reflete a racionalização extrema e a dominação burocrática, além do desencantamento com a vida moderna. Esse filme é uma opção muito interessante para compreender alguns pontos das teorias sociológicas, então, se liga e assiste "O Preço do Amanhã", e se você chegou até aqui merece um prêmio, clique aqui e assista o filme completo no meu canal. Vai abrir sua mente!
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